quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

RENAULT 5 MAXI TURBO

Rally Tour de Corse 1985
J. Ragnotti / P. Thimonier



Com apenas duas presenças no Mundial de rallies, ambas no Tour de Corse, o Maxi Turbo deu nas vistas sobretudo no campeonato francês mas a decisão da marca de inscrever o carro nas edições de 1985 e 1986 da prova corsa não podia ter sido mais acertada: vencedor em 1985 com Jean Ragnotti e Pierre Thimonier e segundo em 1986 com François Chatriot e Michel Périn.
O Renault 5 Maxi Turbo, uma evolução do R 5 Turbo de 1397cc, apareceu em 1985.
A sua potência de 350cv para apenas 930kg fizeram dele uma verdadeira «fera» muito difícil de domar. Com efeito, só participou por duas vezes no Mundial de rallies, em 1985 e 1986, e em ambas as ocasiões a sua presença limitou-se ao Tour de Corse, mas marcou indiscutivelmente o campeonato francês de rallies.


Para sua estreia a Renault fez alinhar ao volante dos três Maxi Turbo Ragnotti / Thimonier e Chatriot / Périn, equipados com pneus Michelin, e Auriol / Ocelli, que usaram Pirelli.
Porém, a sua estreia foi ofuscada por dois motivos. O primeiro, o aparecimento do 205 Turbo 16 Evolution 2, o carro que iria dominar o Mundial de pilotos em 1985 e 1986 ao vencer os títulos com Timo Salonen (85) e Juha Kankkunen (86) bem como o título de construtores nesses dois anos.
Contudo, o que marcou verdadeira e tragicamente esse rally foi a morte de Attilio Bettega, piloto da Lancia, em Santa Giulia, na quarta especial da prova. Depois de perder o controlo à saída de uma curva, Bettega embateu numa árvore e teve morte imediata. O seu co-piloto, Maurizio Perissinot, saiu ileso do acidente.
Deu-se a trágica coincidência de o italiano já ter sofrido outro acidente muito grave no Tour de Corse três anos antes, que lhe provocara fraturas em ambas as pernas, e dessa prova ter sido ganha por Ragnotti.


Levou um ano a recuperar e em 1983 obteve a sua única vitória no Mundial em San Remo. Apesar do acidente, o Tour de Corse prosseguiu, com a ausência de Markku Alen e Micky Biasion, outros dois pilotos da Lancia, que se retiraram. Foi Ragnotti, «Jeanot» para os fãs franceses, que desde a primeira especial assumiu a liderança do rally, posição que manteria até ao final não obstante os ataques dos 205 de Vatanen e Saby, mas que sofreram vários furos que lhes roubaram quaisquer hipóteses de vitória, sobretudo a Vatanen pois Saby acabou por ocupar o segundo lugar.
Além da já citada morte de Bettega, o primeiro dia do rally saldou-se pelos abandonos dos Audi e dos Lancia e pela vantagem de seis minutos de Ragnotti em relação a Saby que, no dia seguinte, procurou manter os pontos uma vez que os Audi já não estavam em prova. Vatanen acabou por abandonar depois de um despiste e Jean Ragnotti impressionou toda a gente com a sua vitória, a terceira pessoal no Mundial depois de vencer o Monte Carlo de 1981 com um R 5 Turbo e o Tour de Corse de 1982 com o mesmo carro.




 Pos  Nr  Driver/Car  Nat   Gr  Time  Pen. 
 1st  3  Ragnotti, Jean
 Renault 5 Maxi Turbo
   FR   B    12h 54m 15s    --:-- 
 2nd  11  Saby, Bruno
 Peugeot 205 Turbo 16 E2
   FR   B    +12m 32s    --:-- 
 3rd  10  Beguin, Bernard
 Porsche 911SC RS
   FR   B    +25m 49s    --:-- 
 4th  15  Coleman, Billy
 Porsche 911SC RS
   IE   B    +57m 07s    --:-- 
 5th  23  Loubet, Yves
 Alfa Romeo GTV6
   FR   A    +1h 09m 38s    --:-- 
 6th  22  Balas, Bertrand
 Alfa Romeo GTV6
   FR   A    +1h 22m 38s    --:-- 
 7th  21  Bouquet, Jean-Paul
 Talbot Samba
   FR   B    +1h 30m 22s    --:-- 
 8th  34  Bartoli, Camille
 Renault 5 Turbo
   FR   B    +1h 32m 15s    --:-- 
 9th  41  Paoletti, Jean-Jacques
 Renault 5 Turbo
   FR   B    +1h 58m 20s    --:-- 
 10th  112  Bernardini, Patrick
 BMW 323i
   FR   N    +2h 02m 07s    --:--

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