T. Gardemeister / P Lukander
Rally de Monte Carlo 1999
A Seat regressou à competição do mais alto nível após uma ausência de quase vinte anos. Os resultados não se fizeram esperar porque com o Ibiza obteve o título de marcas na categoria de 2 litros três anos consecutivos. Toni Gardemeister, um finlandês que se impôs nas categorias inferiores e se estreou no Mundial com 23 anos, foi uma peça importante nos êxitos da marca, tal como o seu companheiro Harri Rovanperä.
Em 1996 a marca espanhola decidiu voltar a participar no Mundial de Rallies, após um afastamento de dezoito anos do Campeonato do Mundo. Para trás ficava o precedente dos Zanini e Cañellas que conduziam os populares «táxis», isto é, os 1430-1600, mais conhecidos pelas siglas FU, com os quais inclusivamente subiram ao pódio no Rally de Monte Carlo. A Seat regressou à competição no Rally de Portugal de 1995 com o Ibiza 1.8 16V do Grupo A. Fê-lo com dois carros, um deles, do Grupo A, pilotado pelo alemão Erwin Weber, que dispôs de um motor de 1.8 litros passado a 2 litros, com 16 válvulas e 240cv de potência. Antonio Rius pilotou o mesmo carro, mas com menor preparação (140cv), no Grupo N. No ano seguinte a marca enfrentou um desafio mais ambicioso ao inscrever no grupo 2 litros do Mundial o Ibiza Kit Car. Tratava-se de um carro leve e potente, com uma cilindrada de 1984cc, que atingia a potência máxima de 250cv às 7800 rpm e que pesava apenas 930 quilos, o mínimo estabelecido pelo regulamento.
Nos três primeiros anos (1996, 1997 e 1998) a Seat competiu na categoria de 2 litros, carros só com duas rodas motrizes, com o Ibiza Kit Car e o êxito foi total: sagrou-se campeã de marcas em todas essas temporadas, venceu 14 provas e subiu ao pódio 31 vezes.
Ainda em 1998, enquanto competia e obtinha o seu terceiro título mundial de 2 litros, a Seat entrou na categoria máxima do Mundial com o Córdoba WRC, um carro de tração às quatro rodas que se estreou na Finlândia em Agosto e participou nas últimas provas do ano para ir ganhando rodagem. O finlandês Harri Rovanperä e o catalão Oriol Gomes foram os pilotos desses três anos.
Em 1999 a Seat realizou o seu primeiro Mundial completo na categoria máxima com Rovanperä e o italiano Piero Liatti. Na primeira prova, Monte Carlo, em Janeiro, a marca espanhola fez história ao obter o seu primeiro scratch (melhor tempo num troço), no famoso Col de Turini, graças a Harri Rovanperä. Na Nova Zelândia, em Julho, subiu pela primeira vez ao pódio graças ao terceiro lugar obtido pelo finlandês Toni Gardemeister, que nesse rally substituiu Liatti. O ano acabou com a Seat de novo no pódio porque Rovanperä terminou o Rally da Inglaterra no terceiro lugar.
Em 1999 a Seat recusou inscrever qualquer carro na categoria de 2 litros e por isso não pôde lutar pelo título. Porém, isso não foi obstáculo para que Toni Gardemeister liderasse a geral do grupo, com um Ibiza da equipa italiana Astra, após os abandonos dos Citroën oficiais. Gardemeister, um finlandês precoce, pois estreou-se no Mundial com apenas 23 anos, iniciou-se nos rallies em 1993 ao volante de um Opel Ascona. No ano seguinte sagrou-se Campeão Júnior do seu país, título que repetiria em quatro ocasiões consecutivas (de 1995 a 1998), mas já na categoria absoluta. Em 1998 chegou como piloto à Seat depois de ter participado em várias provas de diferentes campeonatos com a Nissan, Ford e Lancia.
Protejido por pilotos míticos como Juha Kankkunen ou Tommi Mäkinen, Toni Gardemeister espantou todos os admiradores desta modalidade do seu país na sua primeira participação como júnior num rally (em 1993, com um Opel Ascona) ao derrotar outros pilotos de qualidade, como Harri Rovanperä ou Tapio Laukkanen. Nessa categoria obteve sete vitórias nos dois anos seguintes antes de se estrear no Mundial, no grupo de 2 litros. Foi no seu país, no Mil Lagos de 1996, ao volante de um Opel Astra GSI 16V. Mas não conseguiu terminar a prova. No entanto, no ano seguinte, com um Nissan Sunny GTI, redimiu-se, ficando em terceiro do seu grupo e em décimo segundo da geral o que, além disso, lhe daria o título do seu país.
Em 1998, quando chegou à Seat, a Nissan tratou de o contratar para 1999, mas a decisão surpreendente da firma japonesa de abandonar a competição deixou-o sem equipa. Os seus bons contatos e o seu savoir faire voltaram a abrir-lhe as portas da Seat, o que o ajudou no Campeonato de Inglaterra, que Gardemeister acabou por vencer. Seis meses depois de triunfar no seu grupo em Monte Carlo deu um salto qualitativo ao ficar em terceiro no Rally da Nova Zelândia. Desta vez na categoria máxima, com um Córdoba WRC.
Nos finais de 2000 chegou a decisão da marca de abandonar o Mundial. Gardemeister, quarto nesse ano em Monte Carlo, pilotou na temporada seguinte pela Peugeot e pela Mitsubishi e a partir de 2001 tornou-se piloto oficial da Skoda. A verdade é que o Monte Carlo foi uma excepção numa temporada, à parte o terceiro lugar de Auriol no Quénia, que acabou por ser muito azarada para a Seat e para os seus pilotos. Gardemeister, por exemplo teve que abandonar em nove provas.
Pos.
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#
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Entry
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Car
Team
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Gr.
Cat.
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Time
Penalty
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Diff.
Diff. pr.
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Km/h
s/km
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1.
14.
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#24
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Gardemeister, Toni -
Lukander, Paavo
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Seat Ibiza GTi
16V Evo2
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A7
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5:53:50.3
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72.0
|
2.
17.
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#38
|
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Maselli, Andrea -
Arena, Nicola
|
|
Renault Clio Williams
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A7
2L
|
5:58:30.9
0:10
|
+4:40.6
+4:40.6
|
71.1
0.66
|
3.
22.
|
#39
|
|
Rouit, Patrice -
Lamy, Dominique
|
|
Citroen ZX 16S
|
A7
|
6:14:43.1
|
+20:52.8
+16:12.2
|
68.0
2.95
|
4.
33.
|
#36
|
|
Jaussaud, Bernard -
Bertrand, Alain
|
|
Renault Clio Williams
|
A7
2L
|
6:34:21.7
|
+40:31.4
+19:38.6
|
64.6
5.73
|
5.
39.
|
#37
|
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Bosse, Peter - von
Skopnik, Andreas
|
|
Opel Astra GSi 16V
|
A7
|
6:48:07.5
|
+54:17.2
+13:45.8
|
62.4
7.67
|
6.
44.
|
#41
|
|
de Castelli, Mickael
- Robinet, Michel
|
|
Peugeot 205 GTi
|
A7
|
7:04:53.6
1:20
|
+1:11:03.3
+16:46.1
|
60.0
10.04
|